Conservar um grisalho bonito... e saudável!
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Os cabelos brancos surgem e tendem a aumentar com o passar do tempo. E isso não é um problema, nem tem de ser encarado com receio ou desconfiança. Assim o provam os profissionais de beleza que entrevistámos.
A idade é um dos principais fatores da perda de cor do cabelo, embora não seja o único. Mas concentremo-nos no que é mais importante: os cabelos brancos existem e, se não existem, hão-de surgir. Há quem opte por disfarçá-los, há quem prefira exibi-los. Não há aqui certo nem errado, desde que se tenha em conta a saúde do cabelo quando entramos numa nova fase da sua vida, aquela em que ele perde a cor. Para melhor compreendermos o fenómeno, a atenção de que este necessita e os novos cuidados que exige, consultámos separadamente quatro especialistas na matéria, cada um com a sua especificidade e todos com ocupações distintas.
A propósito, e para começar, quisemos saber por que razão, cientificamente falando, é que os cabelos deixam de ter cor. “Com o avançar da idade, vamos gradualmente perdendo a melanina que é produzida na base do folículo piloso”, explica Inês Costa, Pro Colorist da L’Oréal Professionnel. Porque “a melanina é responsável pela cor natural do cabelo e à medida que vai deixando de ser produzida o cabelo torna-se branco”, completa. Ana Alexandra Martins, representante da Helen Seward, a quem também lançamos a pergunta, descreve o processo com detalhe: “A perda de cor nos cabelos ocorre principalmente devido ao envelhecimento natural. Com o tempo, as células produtoras de pigmento nos folículos capilares diminuem a produção de melanina, o pigmento responsável pela cor do cabelo.”
Num tema diretamente relacionado com a perda de cor, quisemos ainda saber por que razão os cabelos ficam não apenas brancos, mas, por vezes, amarelados. E, neste particular, importa registar que, ao contrário do que acontece com a perda de coloração, que é um processo natural e na maioria das vezes relacionado com o envelhecimento, o amarelecimento dos cabelos está antes relacionado com fatores externos. Milton Ribeiro, Technical Education Director da Alfaparf Milano, explica que a diminuição ou ausência da melanina no cabelo faz com que não seja possível amenizar ou disfarçar os efeitos da “exposição ao sol e à poluição urbana [que] incentivam a que o cabelo oxide e se pronuncie essa cor amarelada, que se instala na superfície da fibra capilar”. O especialista aproveita para acrescentar que “em resposta a este fenómeno, a Alfaparf Milano Professional tem um ingrediente ativo, transversal a toda a sua linha de hair care Semi di Lino que é o Urban Defence Pro que cria uma película ao redor da fibra capilar para a proteger das agressões dos agentes poluentes presentes na atmosfera”.
À questão do amarelecimento, Liliana Alves, Education Manager da Schwarzkopf Professional, enumera várias razões, considerando a exposição ao sol e à poluição, e ainda a outros elementos, tais como a água salgada, bem como ao uso de secadores, ferros de caracóis ou placas de alisamento.
SENSIBILIDADE E CUIDADOS
Com o envelhecimento, e normalmente a par da perda de cor, a textura do cabelo também sofre alterações. Em geral, fica mais fino, menos denso, mais quebradiço, mais fraco, mais seco. Milton Ribeiro aponta, no entanto, uma particularidade, “à medida que vai perdendo a melanina, o cabelo fica com a estrutura mais queratinosa e com as cutículas mais fechadas, tornando o cabelo mais resistente”. Pode até, no caso dos cabelos lisos, tornar-se mais encaracolado. Não obstante, em suma, o cabelo sem melanina fica mais vulnerável, mais sensível. E a vulnerabilidade exige atenções e cuidados adequados.
Em relação aos cuidados, a palavra de ordem é hidratar, hidratar, hidratar! Não é o único cuidado a ter, e não deve ser feito sem método e atenção, mas a hidratação é, ainda assim, a base de todo o cuidado com os cabelos brancos. Ana Alexandra Martins destaca a necessidade do uso de “produtos específicos para cabelos brancos, como champôs e condicionadores tonalizantes, que ajudam a neutralizar tons amarelados e a manter a cor brilhante”. Liliana Alves, por seu lado, afirma que “um dos cuidados com os cabelos grisalhos que devemos ter é usar uma gama para cabelos maduros”. Milton Ribeiro não tem dúvidas de que “deve ser usado um champô violeta, que seja composto por pigmento não agressivo, para não ressecar o cabelo” que, ao mesmo tempo, evite o amarelecimento. “Mediante a necessidade”, acrescenta, “deve ser usado um condicionador ou uma máscara para ajudar a nutrir e hidratar o cabelo”.
PRODUTOS
No que respeita aos produtos específicos para estes tipos de cuidados, Inês Costa deixa indicações claras: “linhas de hidratação (Absolut Repair de L’Oréal Professionnel) e linhas de proteção de cor (Shampoo Silver de L’Oréal Professionnel ou Chroma Crème de pigmento violeta também de L’Oréal Professionnel)”, que evitam o amarelecimento. A Pro Colorist ressalva que o Chroma Crème de pigmento violeta deve ser utilizado uma vez por semana.
Liliana Alves destaca, entre outros produtos da Schwarzkopf Professional, a gama de cuidado de Bonacure Clean Performance - Bonacure Time Restore -, que foi desenvolvida para cabelo maduro e frágil”, cujo uso deve ser complementado com hidratação extra: “a gama Bonacure Time Restore, formulada com a coezima Q10+ fornece mais resistência, elasticidade e vitalidade”. A Education Manager da Schwarzkopf Professional explica que “a gama Bonacure Time Restore apaga os sinais visíveis de envelhecimento, enquanto estimula a síntese natural de queratina do cabelo”.
Já o Technical Education Director da Alfaparf Milano, Milton Ribeiro, aconselha, por exemplo, “a gama Semi di Lino que tem 3 ativos transversais, sendo eles o Urban Defense Pro que ajuda a proteger a fibra das agressões dos poluentes externos, o Color Fix Complex que protege o cabelo dos raios UV e o Shine Fix Complex que usa as sementes de linhaça para conferir um brilho extremo aos cabelos”. Por fim, Ana Alexandra Martins recomenda o champô Purple da Seward Mediter, da Helen Seward.
MITO OU REALIDADE
E agora, só para terminar: será que aquele mito que diz que, se arrancarmos um cabelo branco, crescerão a seguir, é mesmo verdade? Milton Ribeiro diz que é, “sem dúvida”, um mito. “Cada unidade folicular pode ter um ou mais cabelos, no entanto, não é por arrancar um cabelo branco que vai fazer com que nasçam mais.” À mesma pergunta, Liliana Alves responde com simplicidade: “Mito”. E depois acrescenta que “o que vai acontecer é que o mesmo cabelo, ainda que tendo sido arrancado, quando nascer irá nascer de novo branco”. Ana Alexandra Martins não hesita: é obviamente um mito. E ainda explica que “o número de cabelos brancos é determinado geneticamente e não é influenciado pelo ato de arrancar ou não”.
A idade é um dos principais fatores da perda de cor do cabelo, embora não seja o único. Mas concentremo-nos no que é mais importante: os cabelos brancos existem e, se não existem, hão-de surgir. Há quem opte por disfarçá-los, há quem prefira exibi-los. Não há aqui certo nem errado, desde que se tenha em conta a saúde do cabelo quando entramos numa nova fase da sua vida, aquela em que ele perde a cor. Para melhor compreendermos o fenómeno, a atenção de que este necessita e os novos cuidados que exige, consultámos separadamente quatro especialistas na matéria, cada um com a sua especificidade e todos com ocupações distintas.
A propósito, e para começar, quisemos saber por que razão, cientificamente falando, é que os cabelos deixam de ter cor. “Com o avançar da idade, vamos gradualmente perdendo a melanina que é produzida na base do folículo piloso”, explica Inês Costa, Pro Colorist da L’Oréal Professionnel. Porque “a melanina é responsável pela cor natural do cabelo e à medida que vai deixando de ser produzida o cabelo torna-se branco”, completa. Ana Alexandra Martins, representante da Helen Seward, a quem também lançamos a pergunta, descreve o processo com detalhe: “A perda de cor nos cabelos ocorre principalmente devido ao envelhecimento natural. Com o tempo, as células produtoras de pigmento nos folículos capilares diminuem a produção de melanina, o pigmento responsável pela cor do cabelo.”
Num tema diretamente relacionado com a perda de cor, quisemos ainda saber por que razão os cabelos ficam não apenas brancos, mas, por vezes, amarelados. E, neste particular, importa registar que, ao contrário do que acontece com a perda de coloração, que é um processo natural e na maioria das vezes relacionado com o envelhecimento, o amarelecimento dos cabelos está antes relacionado com fatores externos. Milton Ribeiro, Technical Education Director da Alfaparf Milano, explica que a diminuição ou ausência da melanina no cabelo faz com que não seja possível amenizar ou disfarçar os efeitos da “exposição ao sol e à poluição urbana [que] incentivam a que o cabelo oxide e se pronuncie essa cor amarelada, que se instala na superfície da fibra capilar”. O especialista aproveita para acrescentar que “em resposta a este fenómeno, a Alfaparf Milano Professional tem um ingrediente ativo, transversal a toda a sua linha de hair care Semi di Lino que é o Urban Defence Pro que cria uma película ao redor da fibra capilar para a proteger das agressões dos agentes poluentes presentes na atmosfera”.
À questão do amarelecimento, Liliana Alves, Education Manager da Schwarzkopf Professional, enumera várias razões, considerando a exposição ao sol e à poluição, e ainda a outros elementos, tais como a água salgada, bem como ao uso de secadores, ferros de caracóis ou placas de alisamento.
SENSIBILIDADE E CUIDADOS
Com o envelhecimento, e normalmente a par da perda de cor, a textura do cabelo também sofre alterações. Em geral, fica mais fino, menos denso, mais quebradiço, mais fraco, mais seco. Milton Ribeiro aponta, no entanto, uma particularidade, “à medida que vai perdendo a melanina, o cabelo fica com a estrutura mais queratinosa e com as cutículas mais fechadas, tornando o cabelo mais resistente”. Pode até, no caso dos cabelos lisos, tornar-se mais encaracolado. Não obstante, em suma, o cabelo sem melanina fica mais vulnerável, mais sensível. E a vulnerabilidade exige atenções e cuidados adequados.
Em relação aos cuidados, a palavra de ordem é hidratar, hidratar, hidratar! Não é o único cuidado a ter, e não deve ser feito sem método e atenção, mas a hidratação é, ainda assim, a base de todo o cuidado com os cabelos brancos. Ana Alexandra Martins destaca a necessidade do uso de “produtos específicos para cabelos brancos, como champôs e condicionadores tonalizantes, que ajudam a neutralizar tons amarelados e a manter a cor brilhante”. Liliana Alves, por seu lado, afirma que “um dos cuidados com os cabelos grisalhos que devemos ter é usar uma gama para cabelos maduros”. Milton Ribeiro não tem dúvidas de que “deve ser usado um champô violeta, que seja composto por pigmento não agressivo, para não ressecar o cabelo” que, ao mesmo tempo, evite o amarelecimento. “Mediante a necessidade”, acrescenta, “deve ser usado um condicionador ou uma máscara para ajudar a nutrir e hidratar o cabelo”.
PRODUTOS
No que respeita aos produtos específicos para estes tipos de cuidados, Inês Costa deixa indicações claras: “linhas de hidratação (Absolut Repair de L’Oréal Professionnel) e linhas de proteção de cor (Shampoo Silver de L’Oréal Professionnel ou Chroma Crème de pigmento violeta também de L’Oréal Professionnel)”, que evitam o amarelecimento. A Pro Colorist ressalva que o Chroma Crème de pigmento violeta deve ser utilizado uma vez por semana.
Liliana Alves destaca, entre outros produtos da Schwarzkopf Professional, a gama de cuidado de Bonacure Clean Performance - Bonacure Time Restore -, que foi desenvolvida para cabelo maduro e frágil”, cujo uso deve ser complementado com hidratação extra: “a gama Bonacure Time Restore, formulada com a coezima Q10+ fornece mais resistência, elasticidade e vitalidade”. A Education Manager da Schwarzkopf Professional explica que “a gama Bonacure Time Restore apaga os sinais visíveis de envelhecimento, enquanto estimula a síntese natural de queratina do cabelo”.
Já o Technical Education Director da Alfaparf Milano, Milton Ribeiro, aconselha, por exemplo, “a gama Semi di Lino que tem 3 ativos transversais, sendo eles o Urban Defense Pro que ajuda a proteger a fibra das agressões dos poluentes externos, o Color Fix Complex que protege o cabelo dos raios UV e o Shine Fix Complex que usa as sementes de linhaça para conferir um brilho extremo aos cabelos”. Por fim, Ana Alexandra Martins recomenda o champô Purple da Seward Mediter, da Helen Seward.
MITO OU REALIDADE
E agora, só para terminar: será que aquele mito que diz que, se arrancarmos um cabelo branco, crescerão a seguir, é mesmo verdade? Milton Ribeiro diz que é, “sem dúvida”, um mito. “Cada unidade folicular pode ter um ou mais cabelos, no entanto, não é por arrancar um cabelo branco que vai fazer com que nasçam mais.” À mesma pergunta, Liliana Alves responde com simplicidade: “Mito”. E depois acrescenta que “o que vai acontecer é que o mesmo cabelo, ainda que tendo sido arrancado, quando nascer irá nascer de novo branco”. Ana Alexandra Martins não hesita: é obviamente um mito. E ainda explica que “o número de cabelos brancos é determinado geneticamente e não é influenciado pelo ato de arrancar ou não”.