A estética e a cosmética foram também áreas do setor de beleza afetadas pela pandemia. A diretora geral dos Magic Spa, a body shape expert, fundadora da clínica Izabel de Paula e o makeup artist do mundo do espetáculo, profissionais de beleza ligados ao bem-estar e à maquilhagem, partilharam connosco as suas opiniões e previsões face à situação atual de encerramento dos seus espaços e serviços.




Catarina Lopes, diretora geral dos Magic Spa, que mostra estar a reagir de forma “resiliente, mas ativa. Temos de nos reinventar e com as tecnologias podemo-nos manter ativos, sem cair no esquecimento dos outros. Com a esperança de quando podermos voltar à nossa atividade, possamos logo começar a ter receita”. Diz concordar com grande parte das medidas e descreve-as como tardias e, por vezes, confusas. “As medidas de prevenção, concordo inteiramente com elas, mas acredito ser possível darem soluções móveis de forma a não termos tanta economia parada”.




Izabel de Paula, body shaper expert e fundadora da clínica Izabel de Paula, concorda com as medidas impostas, “a situação em que vivemos não é possível ser controlada de outra forma, mais do que nunca temos de ser solidários e ajudar na solução do problema e não ser um problema”. Neste momento, fatura apenas com a venda online dos seus produtos e tem a certeza que voltará à normalidade, com um negócio mais forte e reinventado. “Estou a apostar nas plataformas digitais, criando ainda mais conteúdos para que as minhas clientes consigam manter os resultados que estavam a obter através dos tratamentos na minha clínica. Nesta fase é fundamental manter o foco e o positivismo, trabalhando já para garantir uma (esperada) normalidade, quando tudo passar”.




Nos pincéis, sombras e batons, temos o testemunho de Kikas, Henrique Salvador, que enquanto makeup artist no mundo do espetáculo, o seu trabalho passa muito pelo estrangeiro, onde presta os seus serviços em eventos e em variadas personalidades. Só para o mês de abril, tinha à volta de seis viagens marcadas, fora as formações, que teve de cancelar.

“Todas as medidas estão a ser importantes, é uma questão de proteger os portugueses. Quando voltarmos ao trabalho teremos de fazer um reforço no que diz respeito à segurança e higienização”. Kikas não se sente muito confiante com a brevidade de voltar a pôr em prática o seu trabalho, “não podemos fazer planos, não sabemos o que vai acontecer, é viver um dia de cada vez”.




Viver um dia de cada vez até que finalmente se possa voltar a colocar em prática tudo aquilo que ficou pendente. Voltar com mais garra e força de vontade é meio caminho andado para o negócio reflorescer.