Se vende ou trabalha com purpurinas soltas e cosméticos que contenham microplásticos adicionados intencionalmente, temos más notícias. A sua venda foi proibida pela Comissão Europeia.




A comercialização de produtos como material de enchimento granular, purpurinas, detergentes, amaciadores de roupa, fertilizantes, produtos fitofarmacêuticos, brinquedos, medicamentos, dispositivos médicos e cosméticos, a que tenham sido adicionados intencionalmente microplásticos para diversos fins, tais como, a esfoliação (microesferas) ou a obtenção de uma textura, fragrância ou cor específicas, foi restringida na passada segunda-feira, dia 25 de setembro.

Segundo um comunicado do executivo comunitário, ao abrigo da legislação que controla as substâncias químicas na União Europeia (REACH, na sigla inglesa), é salientado que o “objetivo é reduzir as emissões de microplásticos intencionais do maior número possível de produtos” e que esta medida “evitará a libertação de cerca de meio milhão de toneladas de microplásticos no ambiente.” Virginijus Sinkevicius, comissário responsável pelo Ambiente, Oceanos e Pescas, refere que “a proibição dos microplásticos adicionados intencionalmente dá resposta a uma grave preocupação para o ambiente e a saúde das pessoas. Os microplásticos encontram-se nos mares, nos rios e em terra, bem como nos alimentos e na água potável. Esta restrição diz respeito a partículas muito pequenas, mas é um grande passo para reduzir a poluição causada pelo homem.

A proibição da venda de purpurinas soltas e microesferas será aplicada quando a restrição entrar em vigor, no prazo de vinte dias. No caso dos outros produtos mencionados anteriormente, a sua proibição de venda será aplicável após um período mais longo, de maneira a que as partes interessadas tenham o tempo necessário para desenvolverem alternativas e passarem a adotá-las.